quinta-feira, 5 de maio de 2011

TRAGÉDIA SEM PRECEDENTES

O ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 tem sido utilizado como forma de pressionar a opinião pública mundial contra os terroristas e, claro Osama Bin-Laden, colocado como o “pai” dos ataques.
A luta anti-terror é válida e nos perguntamos porque tanto ódio. A história registra que desde o século XIII período das Cruzadas, cristãos e muçulmanos se rivalizaram na tentativa de dominar e comandar a Terra Santa. Não é motivo de guerra, pensar que Deus e os lugares sagrados aceitam tamanha hostilidade. Mas o pior aconteceu: a religião foi e continua sendo usada como motivo de disputa e animosidade. Que pena isso é, coisa do ser humano e suas estruturas injustas e não vem de Deus.
Assim, vários capítulos de disputa entre as religiões no oriente e ocidente se sucedeu e os chefes religiosos se revezam para tentar minimizar a disputa. A tentativa é válida mais nem sempre alcança êxito porque ainda somos muito radicais e xiitas em nossas atitudes.
Religião não combina com intolerância e morte. Religião não pode ser usada a favor de grupos políticos, econômicos e ideologicamente montada no ódio para falar de Deus, Iahweh, Allah, El-Shadai, Adonai. Os cristãos amigos e discípulos-missionários (as) do Cristo Ressuscitado têm que lutar pela paz. “Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana...Jesus chegou, pôs-se no meio deles e disse: A paz esteja convosco” (João 20, 19-21). Ontem, hoje, amanhã, já e agora.
A paz se alcança com diálogo e acolhida ao outro que pensa e reza diferente de mim. Quando no evangelho se vê Jesus agir de maneira intolerante? Não fazia parte da sua pregação. Precisamos revisar e muito as nossas atitudes e de nossas igrejas.
No caso da segunda feira 2 de maio passado, assistimos a uma tragédia que solapa e vilipendia a liberdade e a dignidade humana. Não questionamos o direito de prender a Bin Laden mais entrar numa casa, violar um lugar que é tão sagrado em todas as religiões e executar cinco pessoas é legal?  É legal prender, julgar e até executar? Talvez sim! Mas fazer de um assunto tão delicado motivo de espetáculo é abominável. Somos contra o terrorismo, mas terror de todo tipo. Chega de exibicionismo, de imperialismo e de tragédias contra a pessoa e as religiões. Se você tivesse sua casa invadida e sua família fosse executada – independente das causas – como gostaria que a sociedade reagisse? Pense nisso.
5/maio/2011 
José Soares de Jesus

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