quinta-feira, 1 de março de 2012

DEUS NÃO AVILTA NOSSA LIBERDADE

Resolvi postar esse artigo depois de alguns meses para poder evidenciar a luta que hoje os países
ricos travam pelo domínio da tecnologia da bomba atômica. Quem está com a verdade? Quem na atualidade
está preocupado com a paz? É possível a paz em meio a pluralidade cultural e religiosa?

SEGUE O ARTIGO ABAIXO:

A política mundial é muito complexa e cheia de armadilhas. Muitos países falam em democracia, entre eles os EUA, mas tem uma penitenciária em Guantánamo/CUBA. Isso é regime democrático?
A força da democracia consiste em se defender a liberdade e entre elas, o direito a se praticar uma religião. Liberdade para se ir e vir (locomover). Liberdade para se pronunciar sobre os mais variados assuntos. Liberdade para assistir uma peça teatral ou mesmo um jogo de futebol – de preferência ver o Barcelona dá show. A liberdade é continuamente pronunciada pelos telejornais e nas conversas informais do povo em nossas ruas e cidades. Mas seria a prisão ou o Estado Totalitário o contrário da liberdade?
O mundo ocidental está atemorizado com a morte do líder coreano KIM JONG-IL. Sucessor do seu pai ele governou o país desde 1994 e era considerado um dos inimigos viscerais dos americanos e da democracia.
O interessante é que como a liberdade de imprensa era proibida no país, só a Tv do governo podia e pode divulgar notícias. Por isso, o mundo viu crianças, jovens, mulheres e homens chorando copiosamente pela morte de seu líder. Elas não seriam livres para comemorar rindo? Por que tamanha desilusão? Seria KIM JONG-IL “o deus” da Coréia do Norte? Analisemos.
O povo coreano do norte deve ter sentido sim porque a ideologia divulgada em todos esses anos era a de um homem onipresente no meio do povo. País fechado e que depois da II Guerra Mundial foi controlado pelos comunistas e a Coréia do Sul pelos capitalistas. Se o povo chorou tanto é porque existe algo de atraente lá e em comparação com “nós” do lado de cá, parece que alguns valores estavam bem alicerçados.
Um dos fundamentos o nacionalismo ferrenho e a corrida as armas nucleares. O seu jovem sucessor KIM JONG-UM é uma incógnita e tanto americanos como o resto do mundo tremem de pavor ante as decisões desse jovem inexperiente.
Seria bom lembrar que para lutar contra os Aiatolás do Irã os americanos encheram o Iraque de armas e Sadam Husseim de Poder. Ora, os desdobramentos são claros. Terrorismo luta por petróleo, ambição desmedida pelo poder imperial e a própria história mostra logo quem tem ou não razão.
Kim Jong-IL era um “deus”? Talvez para sua própria nação alimentada pelo excentrismo do seu ego. Mas do lado de cá, temos direito a religião, a falar em imprensa e a cultuar o Deus da Vida livremente. Será que está melhor do que lá?
Para os poderes e poderosos da terra uma lição fica registrada. Quando Deus intervém na história é para alimentá-la com seu amor (Lc 1, 26-38) e não pelo ódio. Do lado de cá a preparação para o Natal se processa por uma corrida neurótica em busca de consumo e festa. Isso é liberdade? Qual o país mais belo/cidade na decoração: Paris, Londres, Rio de Janeiro, Tóquio, Nova Iorque? Quem consumirá mais? Isso é liberdade? Crianças e adolescentes pedindo esmolas e muitos com fome e na completa miséria sócio-cultural e religiosa...isso é liberdade?
Os regimes todos são funestos e passageiros. Não podemos ignorá-los já que a nossa base judaico-cristã preconiza a necessidade de um Rei, um Chefe, um Salvador (2 Sm 7,1-16) e as nações um governante. A sociedade precisa ser governada e os povos de uma direção. A questão é que a troca dos valores essenciais a vida estão sendo esmagados o tempo todo no mundo. Necessitamos de liberdade com discernimento, de fé com solidariedade, de diplomacia política sem dominação cultural e sem massacre na identidade dos povos, sobretudo dos mais pobres. Precisamos urgentemente de uma consciência planetária e amorosa aonde a riqueza seja mais repartida e a presença do divino – Menino Jesus – seja acolhida sem ferir a liberdade, a dignidade e a altivez dos povos. Maranathá: Vem Senhor Jesus!

José Soares de Jesus
Pio X


2 comentários:

  1. Não acredito que tenhamos liberdade, seja em qual for o continente. O senhor mostrou muito bem isto.Aqui temos a prisão do consumo, talvez seja porque temos muita "liberdade",para tal hábito. Lá eles tem a prisão da censura, que sem duvida, de certa forma as pessoas se sentem protegidas. Não sei se lá é melhor que aqui ou vice-versa. A antropologia no ensina o relativismo cultural, acredito que devemos sempre ser relativistas ao olhar para outra cultura e começar a julgar com os nossos parâmetros. Lógico que as cenas passadas foram chocantes, aquelas pessoas veneravam, adoravam, amavam aquele líder e é difícil de entender, de acreditar. Não sei se um dia teremos paz, por que sempre teremos políticos como estes. Ou como os nossos. Não costumo questionar a liberdade que Deus nos dar, mas nem essa eu acredito que exista. O que o senhor acha?

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  2. Esse tema é bem complexo. A liberdade é exercício constante e não uma realidade incerta, inconsequente, imprevisível. Veja, se como cristãos não discutíssemos o valor da liberdade
    estaríamos perdidos. Nos textos da bíbia temos vários exemplos de pessoas (homens e mulheres) livres. Mas não é tudo. Me parece que numa sociedade que você chamou indiretamente de "consumista" e eu concordo, não devemos nos deixar conduzir pelo "poder" das coisas e sim pela nossa capacidade de: amar,sonhar, concordar, discordar, divergir, constetar, gritar, protestar e sobretudo aceitar o outro na sua difernça. Para mim ser livre é tudo isso. Aceitar as diferenças, as crenças e religiões sem preconceito, o gênero, a vida e ser livre é até lutar contra a morte. O homem amado que sigo, JESUS, lutou contra ela até o fim.....e foi livre até o fim.....RESSUSCITOU. Alguns dirão que é loucura ou questões do além. Eu digo é fé, ela me torna livre a ponto de crer e negar, suportar e maldizer, bendizer e profetizar. Os "livres" são pessoas que amam desde a democracia até a vigaem de um poeta que preso por causa de opoções políticas num país sob diatadura, é capaz de gozar a liberdade de suas idéias. Bem, é isso que penso. Um abarço.

    José Soares.

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